7.8.07

Nostalgia do Brasileirão

Ao vermos um campeonato brasileiro de nível técnico tão baixo como o atual sobra espaço para alguma nostalgia (de tempos em que o nível não era, necessariamente, tão alto assim). Por que não se lembrar, por exemplo, do último Brasileirão decidido no mata-mata? Edição (de 2002) que foi vencida pelos “meninos da Vila”, de Emerson Leão. Com Fabio Costa no gol (embora o titular em grande parte da campanha tenha sido Julio Sérgio), Léo pela lateral esquerda, Maurinho na direita, André Luís e Alex no miolo de zaga, Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego compondo o meio-campo e Robinho e Alberto no ataque, o Santos sagrou-se campeão nacional depois de derrotar o Corinthians por 3 a 2 (2 a 0 no primeiro jogo) no Estádio do Morumbi. Curioso é que o lance mais lembrado dessa decisão seja uma falta. Numa peripécia brilhante, Robinho pedalou sete vezes diante de Rogério, que derrubou o santista, já dentro da área. O Pênalti seria convertido pelo próprio Robinho.


O surpreendente Santos chegou até esse título depois de uma irregular campanha na primeira fase, classificando-se com uma combinação um tanto improvável de resultados na ultima rodada. Sendo o 8º colocado, enfrentou nas quartas-de-final o forte São Paulo, favorito ao título. Duas vitórias do Alvinegro (3 a 1 e 2 a 1). Nas outras partidas o Corinthians eliminaria o Galo mineiro, o Grêmio derrubaria o Juventude e o Fluminense venceria o São Caetano (A outra surpresa. Pela terceira vez consecutiva o pequeno time do ABC chegava à fase final do Brasileirão). Corinthians e Fluminense enfrentaram-se em uma das semi-finais, Santos e Grêmio na outra, em partidas que levaram os paulistas à decisão.


Não que eu seja exatamente um defensor dos campeonatos em mata-mata, mas foi um torneio digno de lembrança.


- Alguns dos times citados:

Dôni; Rogério, Fábio Luciano, Scheidt e Kléber; Vampeta, Fabinho, Renato; Deivid, Guilherme e Gil formavam o Corinthians de Carlos Alberto Parreira.


Rogério Ceni; Rafael, Jean, Ameli e Gustavo Nery; Maldonado, Fábio Simplício, Ricardinho e Kaká; Reinaldo e Luis Fabiano eram o São Paulo de Oswaldo de Oliveira (no papel, um grande time).


O São Cetano vinha com Silvio Luiz no gol, Esquerdinha na lateral esquerda e Anderson Lima pela direita, Serginho e Dininho na dupla de zaga. O meio campo carniceiro formado por Claudecir, Adãozinho, Magrão e Mineiro. E, no ataque, o pequeno Anaílson e Somália. Como se espera de todo time que bate bem, o técnico era o Mario Sérgio.


Inicialmente escreveria algumas outras coisas sobre o futebol. O adiantado da hora, o sono e o espaço não me permitem. Fica para outro texto.



PS: Créditos de parte das escalações (e até da idéia) para meu amigo Vietnamita.

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